sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Poesia torta

Foi a última que me abandonou
nem tenho bem certeza se partiu
aquela poesia inocente, infantil
nascida no dia em que a chuva me assustou

Nem sei se partiu ou ficou
na gaveta da maloca véia
ou 'num canto da memória etérea
mas ela vive a me perseguir aonde vou

Quando a escrevi, tão tortinha...
Ela não sabia se ficava ou partia...
Ficou! Ela me olhava e sorria
tão feinha...
e a chuva parava de dó
e a chuva sumia
-e só