segunda-feira, 18 de outubro de 2010
paradoxos
Não há nada como uma madrugada fria fazendo planos e lendo - o que é paradoxal - já que ao fazermos planos enquanto lemos, perdemos o fio da meada da leitura: Os olhos vêem as palavras e as lêem. Vez ou outra a boca os acompanha em vóz baixa. Porém, alheio, o pensamento permanece distante, fazendo planos que serão esquecidos no dia seguinte. Finalmente, ao fim de uma página, percebemos que não entendemos nada do que lemos. E relemos.
Sobre este paradoxo, de se fazer duas coisas ao mesmo tempo e nenhuma dar certo, li uma história do Veríssimo (o filho). Ele cita uma paradoxal crença de outrém no fato de que o melhor leitor é o insone: De que adianta ler a noite toda e de dia parecer um zumbi?
E ao tentar, numa noite de insônia quase forçada, ler Os Lusíadas, numa autoavaliação da evolução de minha capacidade de leitura desde a sétima série do ensino fundamental (quando tentei lê-lo e nada entendi), falho. Culpo o autor: Pobre Camões! De que adianta ter todo conhecimento literário do mundo e a linguagem mais rebuscada se nem um por cento da população o compreenderá?
Na foto lá de cima, Jim Carrey, como Deus, o cara que pode fazer tudo. Pode inventar tudo, criar tudo, levantar tudo (?). Pode até criar uma pedra tão pesada que nem ele mesmo possa levantar. E pôde ajudar o SPORT CLUB INTERNACIONAL a conquistar o mundo em 2006 (e pode nos fazer campeões esse ano). Maldito Deus de 1983...
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4 comentários:
tuas madrugadas de leitura te trouxeram evolucao na escrita, meu bem, mesmo nao entendendo nada do que lias, adquirias capacidade intelectual acentuada para escrever teus grandiosos, sabios e criativos textos.
isso foi sarcástico, né?
nao
foi
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